Área transfronteiriça luso-espanhola na Rede Mundial de Reservas da Biosfera

Da Redação
Com agencias

BiosferaIberico_TrasosMonteA Organização da ONU para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, acrescentou 20 novos locais à Rede Mundial de Reservas da Biosfera.

Entre eles está a Reserva da Biosfera do Planalto Ibérico, dividida entre a Espanha e Portugal. A área tem 1.132.606 hectares distribuídos entre as províncias de Salamanca e Zamora da Espanha, e as regiões portuguesas de Terra Quente e Terra Fria em Trás-os-Montes.

Cerca de 30 mil pessoas vivem na área que contempla patrimônio do Império Romano e da Idade Média. No território, as altitudes variam entre 100 e 2000 metros acima do nível do mar.

A Unesco afirma que várias espécies que habitam na reserva já foram consideradas em projetos de conservação. Entre elas estão a cegonha-preta, o abanto, a águia de Bonelli, a chamada águia-coruja euro-asiática, a lontra europeia e o lobo ibérico.

Segundo o governo de Portugal, a declaração de Reserva de Biosfera Transfronteiriça constitui um valioso instrumento para a promoção do desenvolvimento sustentável da região.

O anúncio dos novos locais foi feito na 27ª sessão do Conselho Internacional de Coordenação da Programa Científico o Homem e a Biosfera, que decorreu até dia 12 de junho. No evento, são analisadas 26 candidaturas de 19 países a Reserva da Biosfera.

De acordo com a Unesco a lista mundial inclui 651 sítios, sendo 15 áreas transfronteiriças em 120 países. Portugal conta com oito locais na Rede Mundial de Reserva da Biosfera.

A iniciativa chamada ZASNET-AECT teve como membros a Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, a Associação de Municípios da Terra Fria Transmontana, a Governo Provincial de Zamora, a Governo Provincial de Salamanca e a Câmara de Zamora, representando de forma muito abrangente o território.

Um Plano de Ação será posto em prática pelo ZASNET-AECT, que promoverá a constituição de um grupo de gestão, com um coordenador dedicado, apoiado por uma Comissão Mista nomeada pela Assembleia Geral da ZASNET-AECT. O modelo de gestão previsto permite a disponibilização de recursos humanos especializados por parte das entidades membros do ZASNET, existindo também uma estrutura de apoio logístico já instalada.

Propondo um modelo de “economia verde” para a região, o plano de ação privilegia a gestão conjunta das áreas protegidas, a silvicultura orientada para a conservação da biodiversidade, o aumento da fixação de carbono através da reorientação de práticas e florestais, o estímulo à produção de energias renováveis e a construção bioclimática em meio rural.

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