Após primeiro caso via sexual nos EUA, Espanha registra primeiro caso de vírus Zika em grávida

Mundo Lusíada
Com agencias

Duvidas-alimentacao-gravideAs autoridades da região espanhola da Catalunha confirmaram em 4 de fevereiro que uma mulher grávida de 13 semanas, que esteve recentemente na Colômbia, foi diagnosticada com o vírus Zika. As autoridades catalãs acreditam que este é o primeiro caso de uma gestante infetada com o vírus Zika na Espanha.

Segundo o Departamento de Saúde da Catalunha, a mulher está recebendo assistência, mas não está hospitalizada. Também em Portugal já foram confirmados seis casos da doença, mas as autoridades declaram que a situação está controlada.

Os sintomas e sinais clínicos da infecção, transmitida aos seres humanos por picada de mosquito, são muito parecidos com os da gripe, como febre, erupções cutâneas, dores nas articulações, conjuntivite, dores de cabeça e musculares. Geralmente, os sintomas começam a desaparecer quatro ou cinco dias depois do início da infecção. O período normal de incubação varia entre três a 12 dias.

Na segunda-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que o recente aumento de casos de microcefalia e de desordens neurológicas na América Latina constitui uma emergência de saúde pública de alcance internacional, adiantando que existe uma forte suspeita de que o aumento dos casos seja causado pelo vírus Zika.

A microcefalia é um distúrbio de desenvolvimento fetal que resulta num perímetro do crânio infantil mais baixo do que o normal, com consequências no desenvolvimento do bebê.

A OMS confirmou que foram detetados casos do vírus em 25 países e territórios das Américas. Segundo a agência das Nações Unidas, a doença está se propagando “de forma explosiva” pelo continente americano, com três a quatro milhões de casos esperados em 2016, dos quais 1,5 milhão no Brasil, o país mais afetado.

O Departamento de Saúde da Catalunha indicou que, até ao momento, foram diagnosticados seis casos positivos e notificados 10 casos suspeitos na região, todas pessoas que viajaram recentemente para países da América do Sul.

EUA
Também esta semana, as autoridades de saúde dos Estados Unidos confirmaram um caso de Zika transmitido por via sexual. A situação faz aumentar o receio de uma propagação rápida da doença.

“O paciente foi infetado com o vírus depois de ter relações sexuais com uma pessoa doente, que regressou de um país onde o vírus está presente”, divulgou em comunicado o Serviço de Saúde do Condado de Dallas.

Existem cerca de 50 casos de vírus Zika no país, mas esse seria o primeiro por transmissão sexual.

Cabo Verde
O arquipélago caboverdiano também tenta controlar casos os suspeitos. Cabo Verde é um dos 32 Estados que reportaram a transmissão de vírus zika à OMS. O país está numa região onde está ativo o mosquito Aedes aegypti.

À Rádio ONU, de Paris, a ministra cabo-verdiana da Saúde, Cristina Fontes Lima, disse haver pelo menos 83 casos suspeitos. Ela destacou o cenário desde novembro, quando foram detectados os primeiros infetados.

“Nós tivemos situações com sintomas de prurido, portanto comichões, e dores musculares. Numa amostragem de 60, 17 foram confirmados com o zika. Cabo Verde é um país que pauta pelo cumprimento dos regulamentos sanitários internacionais anunciou que tinha mas também está a anunciar que vem controlando a situação. A maioria das ilhas turísticas não teve casos de zika.”

A ministra cabo-verdiana disse que após a revelação de casos de microcefalia no Brasil as mulheres grávidas serão monitorizadas no seu país. A representante disse que em Cabo Verde ainda não há consequências que não sejam os sintomas.

Apoio ONU
A ONU colocou à disposição do governo brasileiro todas as 24 unidades que atuam no Brasil para auxiliar no combate ao vírus. Além de reforçar apoio ao governo brasileiro no combate ao vírus, a ONU no Brasil elogiou as ações recentes promovidas pelas autoridades.

Em nota à imprensa, a ONU informou que o Sistema das Nações Unidas “expressa sua total solidariedade à população e ao governo do Brasil, que estão enfrentando com energia a emergência de saúde pública provocada pela disseminação do vírus Zika e pelos casos de microcefalia”.

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